A gente não escolhe o que sente.
A gente, simplesmente, sente!
E, se algo dá errado,
quem é o culpado?
Não há culpa alguma
nem coisa nenhuma
que explique o sentir.
E, dentro deste conceito,
de que me adianta ir
se vou em vão?
Se troco o não pelo sim
e o sim pelo não?
Se, quando abro o peito,
entrego tudo de mim
e só consigo me ferir?
Já acreditei em pessoas,
já acreditei em caminhos,
já acreditei, até, em santos.
Mas os erros foram tantos,
já andei tanto sozinho;
tantas esperanças à toa...
Que talvez hoje esteja mais cético,
menos confiante:
a idade chegou!
Mas ainda sonhador.
E quando chega o amor
me entrego, como fazia antes...
Ou seja, depois de tanta caminhada
não aprendi nada.
Patético!!!