No fim era tudo mentira e omissão
mascaradas por orgias de retórica paixão
que enodoava os olhos, cegava a razão.
Sim, enfim eu vejo, era tudo mentira.
A declarada paixão, falsa safira
engastada na jóia que a confiança inspira.
Agora é tarde, coração achincalhado
que chorou por nada, se fez coitado
quando já deveria saber ter mais cuidado.
Ter aprendido a ver, do ser, a parte vil,
a suspeitar das manobras de quem te sorriu
e a não sentir saudades do que nunca existiu.