sábado, 27 de agosto de 2011

Abandonado


Celso, meu  irmão do meio, saiu de casa em um domingo pela manhã para jogar futebol, como sempre fazia. Não voltou mais para casa. Teve um AVC após o jogo e cinco dias depois faleceu.


Por que você partiu assim,
sem despedir-se de mim,
sem me avisar?
Saiu sem dizer o destino
e deixou um vazio clandestino
que não consigo expulsar.
Voltar?!  sei que você não vai voltar –
pra onde você foi, não tem volta.
Uma lágrima insiste em rolar,
de tristeza, de saudade, de revolta
porque você se foi assim.
Vai estar nos meus pesadelos,
na minha angústia, nos meus apelos
até o eterno sono do fim.

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